Senai ES qualifica a primeira turma da escola de eletricista exclusiva para trans da EDP
Iniciativa pioneira no Estado e a segunda no país, oferece a formação profissional e a possibilidade de contratação
O Senai ES conclui a qualificação da primeira turma da escola de eletricista para pessoas trans da EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo. Ao todo, nove alunes da turma inicial de 12, concluiu a formação realizada na unidade do Senai Civit, na Serra. Na formatura, receberam o certificado emitido pelo Senai ES e passaram a integrar o banco de talentos da EDP.
“Tivemos a oportunidade de realizar a capacitação totalmente voltada para o público transgênero. Foram quase quatro meses de treinamento teórico e prático onde os estudantes tiveram contato, não apenas com as atividades tecnicamente voltadas para construção e manutenção de redes de distribuição de energias, mas também conteúdos e atividades que trabalham diversas capacidades socioemocionais, a fim de promover um ambiente integrador para o mercado de trabalho”, destaca o diretor da unidade do Senai Civit, Erick Miranda.
O preconceito, a baixa escolaridade, o desemprego e a violência fazem do Brasil o país que mais mata transexuais no mundo, levando a expectativa de vida média da população brasileira trans de 74 para 35 anos, segundo dados do IBGE. Com a qualificação, os alunes estão formados e preparados para enfrentar os desafios na área de distribuição de energia elétrica.
“A Findes está atenta às transformações da sociedade e à importância de construir e difundir a cultura da pluralidade, do respeito e da ética. Queremos que as indústrias capixabas sejam mais inclusivas para todas as pessoas. Por isso, incentivamos programas como a Escola de Eletricistas para Pessoas Trans, pois acreditamos que a diversidade é também indutora da inovação e contribui para a produtividade dos negócios”, enfatiza Cris Samorini, presidente da Findes.
O Curso
A equipe pedagógica do Senai, instrutores da escola de eletricista e de outras atividades da unidade do Civit, participou de uma formação on-line com a cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade, Maite Schneider. Além da capacitação técnica, a escola contemplou um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais que será ministrado por Maite.
Os alunes receberam também materiais didáticos, uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de bolsa-auxílio e almoço no local. Aproximadamente, foram aplicadas 500 horas de curso, com aulas teóricas e práticas a respeito dos princípios e leis que regem o funcionamento de sistemas elétricos.
O objetivo foi promover aprendizado sobre os procedimentos e técnicas necessárias para planejamento, execução, avaliação e inspeção das redes, bem como sobre manutenções preventivas e corretivas, dentro das normas técnicas e de segurança, preparando a turma para o mercado de trabalho.
*Por Fernanda Gomes
*Com informações da assessoria da EDP Espírito Santo
— Leia também: Senai ES e EDP lançam duas turmas de capacitação exclusiva para mulheres atuarem no setor elétrico
Aula inaugural no Senai Civit marca a primeira escola de eletricistas para pessoas trans no ES
Projeto oferece formação profissional completa e possibilidade de contratação. Iniciativa é pioneira no estado e a segunda no Brasil.
Hoje (16) foi dia de aula inaugural da turma da Escola de Eletricistas para pessoas trans. A qualificação é pioneira no país e faz parte de uma parceria entre a EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, e o Senai ES para ampliar a diversidade de profissionais da área no mercado.
Ao todo, o curso conta com 12 participantes e as aulas serão ministradas na unidade do Senai Civit, na Serra. Ao longo do curso, com duração de três meses, os participantes contarão com formação profissional completa, ministrada pelo Senai ES, e possibilidade de contratação ao término da capacitação. Receberão também materiais didáticos, uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de bolsa-auxílio e almoço no local.
O programa é pioneiro no setor elétrico e reafirma o compromisso da EDP de direcionar pelo menos 50% de suas contratações a profissionais de grupos sub-representados, como mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e 50+.
Além da capacitação técnica, a escola contempla um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais, ministrado por Maite Schneider, cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade da Integra Diversidade. O programa oferece ainda suporte psicológico, previdenciário e jurídico e em assistência social.
A sessão aconteceu no auditório Senai Civit, e contou com a presença de Fernanda Pires, Vice-presidente de Pessoas e ESG da EDP no Brasil; Luiz Otávio Assis Henrique, Vice-presidente de Geração e Redes da EDP; Fernando Saliba, Diretor de Distribuição da EDP no Espírito Santo; Lilian Mota, Secretária de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de Serra; e Cláudio Marcassa, Diretor Regional do Senai ES.
Qualificação pelo Senai ES
A equipe pedagógica do Senai, instrutores da escola de eletricista e de outras atividades da unidade do Civit, participaram de uma formação on-line com a cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade, Maite Schneider. Além da capacitação técnica, a escola contemplará um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais que será ministrado por Maite.
Com carga horária de aproximadamente 500 horas e cerca de três meses de duração, a Escola de Eletricistas para Trans é gratuita, com o foco na qualificação e capacitação de pessoas trans como eletricistas de redes de distribuição de energia. A iniciativa é uma parceria da EDP com o Senai ES. Após a finalização do curso, os estudantes recebem certificado chancelado pelo Senai e permanecem no banco de talentos da EDP, podendo participar de processos seletivos para vagas efetivas.
O curso terá aulas teóricas e práticas a respeito dos princípios e leis que regem o funcionamento de sistemas elétricos. O intuito é promover aprendizado sobre os procedimentos e técnicas necessárias para planejamento, execução, avaliação e inspeção das redes, bem como sobre manutenções preventivas e corretivas, dentro das normas técnicas e de segurança. Ao término do curso, a expectativa é que essas pessoas estejam capacitadas para o mercado de trabalho.
Autoridades destacaram a importância da qualificação. Confira!
“São parcerias assim que promovem a diversidade e a inclusão. Este curso inédito vai possibilitar carreiras e oportunidades para todos.”
Cláudio Marcassa, diretor regional do Senai ES
“A parceria com o Senai ES, que se estende não só para essas turmas que estamos fazendo, com pioneirismo, no futuro precisam deixar de ser especiais. Precisamos fazer uma inclusão natural.”
Fernando Saliba, diretor de distribuição da EDP-ES
“Que a Findes, em conjunto com a EDP, possa dizer para as demais empresas: vocês precisam inovar e fazer a inclusão
no ambiente de trabalho”
Lilian Mota, secretária de Direitos Humanos e Políticas Públicas da Prefeitura da Serra
“Só temos a agradecer a Findes, a Prefeitura da Serra, a Maite Schneider. São muitas mãos para tornar
essa parceria realidade.”
Fernanda Pires, vice-presidente de Pessoas e ESG na EDP Brasil
“Minha experiência está sendo além do que eu imaginava. Estou entrando como aluno e quero sair como
um excelente profissional.”
Daniel, aluno e líder de turma da Escola de Eletricistas para pessoas trans
“Como mulher trans, essa é a oportunidade de mostrar que podemos fazer a diferença.”
Soraia, aluna da turma da Escola de Eletricistas para pessoas trans
A qualificação é pioneira no país. Quer saber como foi?
Confira o reels publicado no instagram do Senai ES.
Senai ES foi destaque em Programas da TV Gazeta com a 1ª Escola de Eletricistas para pessoas trans do Estado
▶️ Confira a matéria na íntegra no Bom Dia ES
* Com informações da assessoria da EDP e do Senai ES
Foto: Gabriel Lordello/Mosaico Imagem
Findes apoia iniciativa para inclusão de mulheres na indústria
Por meio de suas entidades Sesi ES e Senai ES, a Federação é parceria do programa “Elas na Siderurgia” da ArcelorMittal Brasil
A inserção de mulheres em cargos ocupados, em sua maioria, por homens ainda é um desafio. A Findes, por meio do Sesi ES e do Senai ES, vem contribuindo para a inclusão de mulheres na indústria, a partir de parcerias e projetos com empresas capixabas. Um deles é o programa “Elas na Siderurgia” da ArcelorMittal Brasil, que tem o objetivo de aumentar a diversidade de gênero dentro da empresa.
“É uma forma de contribuir para a qualificação de mão de obra especializada, de promover a igualdade de gênero com a presença de mais mulheres em cargos que vão desde o chão de fábrica até alta gestão e liderança, e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento sustentável da indústria capixaba”, diz o gerente executivo de Mercado da Findes, Fernando Bohn Geller.
A iniciativa faz parte de uma ação da empresa da indústria que busca ampliar para 30% o quadro de funcionárias em todas as áreas da siderurgia. A capacitação e o desenvolvimento profissional das mulheres serão realizados pelo Senai ES. A expectativa é que após a conclusão da qualificação, elas possam atuar em diversas áreas operacionais da ArcelorMittal.
Elas na Siderurgia
O curso, iniciado em 27 de setembro, terá três meses de qualificação, e será realizado no Senai Civit, com aulas práticas ofertadas na ArcelorMittal. O processo de seleção foi realizado pela empresa, que requisitou ex-alunas do programa de Aprendizagem Industrial feito pelo Senai ES. As 25 alunas vão receber uma bolsa durante a realização do curso.
A qualificação das mulheres será realizada por uma trilha de formação desenvolvida em conjunto pelo Sesi ES e Senai ES, com foco em processos de siderurgia, desenvolvimento humano e uma formação específica para a atuação na linha de frente na indústria.
*Por Fernanda Gomes
Senai e Findes participam de evento de inclusão e defesa dos direitos das pessoas com deficiência
O Reconecta, Conferência e Exposição Estadual de Inclusão e Acessibilidade, apresenta sua segunda edição. O evento, que começou nesta quinta-feira (19) e segue até o próximo dia 22, no Boulevard Shopping Vila Velha, é organizado pelo Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES), em parceria com órgãos públicos, instituições, entidades, conselhos que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e entes da iniciativa privada.
“O Reconecta é um importante programa do Ministério Público do Trabalho, que traz para a sociedade a importância do respeito e da inclusão de pessoas com deficiência. O Senai tem desenvolvido diversos programas de capacitação profissional com ferramentas e métodos que fortalecem ainda mais a empregabilidade dessas pessoas e sua inserção no mercado de trabalho”, explica o diretor regional do Senai-ES, Mateus Simões de Freitas, que também representou a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) no evento.
Dentro da programação oferecida estão painéis de debate, workshops, oficinas, apresentações culturais, exposições artísticas, atrações musicais, exposição de produtos, serviços e equipamentos adaptados, entre outros. Segundo os organizadores, a iniciativa de criar o evento veio da necessidade de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho por meio da Lei nº 8.213. Popularmente conhecida como Lei de Cotas, foi criada em 1991 e tem como objetivo assegurar às pessoas com deficiência (PCDs) o direito ao trabalho, a lei obriga empresas a contratar um percentual que varia de 2% a 5% de PCDs. Apesar de ter sido criada em 1991, sua regulamentação e fiscalização só ocorreu em 2000.
Inclusão digital
O evento quer chamar atenção também para a necessidade de garantir às pessoas com deficiência mais acesso aos recursos tecnológicos. Para facilitar a independência desse grupo e atenuar as barreiras do conhecimento, os recursos da tecnologia assistiva têm sido fundamentais para o exercício da cidadania e a empregabilidade de pessoas com deficiência.
Uma série de recursos tecnológicos disponíveis tem facilitado o acesso à informação e à comunicação de pessoas com deficiência visual. Entre eles, o dispositivo OrCam MyEye 2.0 tornou-se uma grande referência internacional. O produto é tão inovador que tem sido recomendado inclusive por oftalmologistas.
Desenvolvido por uma startup israelense para dar ainda mais autonomia às pessoas cegas, com baixa visão ou com dificuldade de leitura, o dispositivo de tecnologia assistiva vestível é capaz de fotografar, escanear e reconhecer textos impressos ou digitais, rostos, produtos e código de barras, cédulas de dinheiro, cores, informa a data e a hora, além de possuir outras funcionalidades.
Para o procurador-chefe do MPT-ES, Valério Soares Heringer, o acesso à tecnologia é um direito fundamental da pessoa com deficiência para que tenha melhores condições de saúde, segurança, informação e dignidade. “Dessa forma, a ampliação da oferta de meios tecnológicos capazes de aumentar as capacidades biopsicofisiológicas das pessoas com deficiência é um importante e crescente objetivo do Reconecta”, salienta Heringer.
Igualdade
De acordo com a legislação, empresas com 100 ou mais funcionários devem contratar pessoas reabilitadas ou com deficiência. A porcentagem depende do número de empregados de cada empresa. Por exemplo, empresas que possuem entre 100 e 200 empregados são obrigadas ter em seu quadro 2% de funcionários que sejam PCDs. Já em organizações com um número de 201 a 500 trabalhadores esse percentual sobe para 3%. Quando composta por 501 a 1000 funcionários, a empresa deve ter em seu quadro de funcionários 4% de trabalhadores PCDs. Grandes empresas com mais de mil colaboradores devem ter 5% de PCDs em seu quadro de trabalhadores.
De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 45 milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Isso significa que cerca de 24% da população brasileira se encontra em tal condição. No Espírito Santo existe quase um milhão de habitantes com algum tipo de deficiência e em torno de 330 mil pessoas com deficiência severa.
Serviço:
Reconecta: Conferência e Exposição Estadual de Inclusão e Acessibilidade
Quando: Até 22 de setembro
Onde: Boulevard Shopping Vila Velha
Entrada: Gratuita
Programação completa: bitly.com/ProgramaçãoCompletaReconecta
Por Marcella Andrade