Mostra Inova: Senai Vila Velha conquista o segundo lugar em competição nacional
Imagina despoluir os cursos hídricos com a utilização de plantas macrófitas aquáticas? Essa foi a solução apresentada por alunas do Senai Vila Velha e que conquistou o segundo lugar da Mostra Inova, na Olimpíada do Conhecimento 2018, em Brasília, na categoria Produto Inovador. O resultado foi divulgado no final da tarde desta domingo (08).
Seguindo a pegada ambiental e de sustentabilidade na indústria, a equipe formada pelas alunas Estefânia Aparecida Silva, 28 anos, e Karina Correa dos Santos, 19 anos, coordenada pela instrutora Janine Gomes da Silva, desenvolveram a Ilha Ambiental.
Uma ilha flutuante composta por plantas aquáticas capaz de filtrar a poluição hídrica atuando na recuperação de cursos d’água. Estefânia, egressa do curso técnico em Edificações, explica como foi participar da competição, que contou com a participação de outras 24 equipes formadas por alunos do Senai de todo país.
“Para mim foi mais uma experiência única de aprendizado e prática. Uma oportunidade de agregar mais conhecimentos a minha carreira como estudante e em minha carreira profissional”, afirmou. “Participar do desenvolvimento do mercadológico do produto é fantástico e nos permite ter a percepção do mercado em que atuamos”, concluiu.
Da experiência, Karina destaca um momento especial: a receptividade de crianças com uma ideia que visa salvar os rios, lagos e cursos hídricos.
“Foi incrível sentir de perto o carinho da população brasiliense com a solução que desenvolvemos e que não se a adequa apenas a população do Espírito Santo e, sim de todo o País. Poder ver a felicidade das crianças ao saberem que alguém quer salvar os rios para que elas possam ter um futuro, e ouvir delas que querem ajudar de alguma forma com a solução, também foi muito gratificante”, relembra.
Com tanta visibilidade, em uma feira que recebeu mais de 46 mil pessoas, a coordenadora do projeto, Janine Gomes, acredita que a equipe conseguirá comercializar a Ilha Ambiental.
“No decorrer do evento, recebemos alguns convites de parcerias com instituições de pesquisa, inovação e empreendedorismo, assim como de prefeituras municipais e governos para a implantação de projetos-piloto. Agora, nos preparamos para adaptações, técnicas para a injeção, novos testes funcionais e de despoluição, e posterior lançamento no mercado”, revela.
Sobre o segundo lugar, a equipe não poderia estar mais feliz. “É uma sensação indescritível! Um misto de conquista, superação, realização, dever cumprido. Todos os sentimentos juntos. Afinal, foi uma conquista e recompensa por todas as noites mal dormidas, todos os finais de semana estudando para o Inova, junto com a faculdade e meu emprego secular”, conta Estefânia.
“Foi uma imensa felicidade, sentir que todo o esforço e empenho de meses para melhorar o projeto foi compensado. Todos que estavam presentes na disputa foram merecedores da vitória e eu já os considero campeões. Chegar a disputa competindo na seleção com 310 projetos e estar entre os 25 inscritos já era uma grande vitória”, destacou Karina.
Entenda mais sobre a Ilha Ambiental
A Ilha Ambiental surgiu durante o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso (TCC) de Estefânia Aparecida Silva, hoje egressa do curso técnico em Edificações do Senai Vila Velha.
“A ideia inicial era para recuperar o valão do Tartarugão, em Vila Velha. Mas, após a conclusão, o projeto cresceu e passou por repivotagem, e alteramos de acordo com o tamanho e necessidade do mercado em todo Brasil”, revelou.
A crise hídrica também foi fator determinante para o projeto final. “Ela está batendo à nossa porta, o país todo está sofrendo com isso. E o tratamento para despoluição da água possui um custo muito alto, então buscamos soluções que pudessem contornar esse quadro de forma econômica”, pontuou.
A Ilha Ambiental, ressalta, é aplicável não apenas na recuperação de valões, mas também de rios e lagoas, e pode ser utilizado em hotéis, resorts e também nas indústrias para tornar os processos mais sustentáveis. Essa ilha pode receber os dejetos industriais e realizar a despoluição.
Por Fiorella Gomes
Alunos do Senai Aracruz participam de competição de inovação em Brasília
Em 30 horas, eles têm que elaborar e apresentar soluções para problemas apresentados por quatro grandes empresas usando conceitos de inovação aberta, criatividade, empreendedorismo e redes colaborativas
Pensar e desenvolver quatro soluções inovadoras e completamente diferentes uma da outra para atender as demandas de quatro grandes empresas. Isso em apenas 30 horas. Esse é o desafio aceito pela equipe do Senai Aracruz, que participa do Grand Prix de Inovação, na Olimpíada do Conhecimento 2018.
A partir desta quinta-feira (05), os alunos Arthur Gonçalvez Nunes e Emanuelly Cao Favarato, do curso técnico em Eletrotécnica; e Fábio Queiroz Pessanha e Maria Clara Severino da Silva, do curso técnico em Mecânica, estarão distribuídos em equipes, em um total de oito, que contam com estudantes do Senai de todo o país para proporem soluções inovadoras para as empresas Fiat Chrysler Automobiles (FCA), siderúrgica Gerdau, Ambev e Dessault Systèms como explica o professor instrutor, Patrick Cunha Peluchi.
“Eles ficarão imergidos em umas salas, no estilo aquário, até domingo. O desenvolvimento de ideias têm algumas etapas. Eles têm que desenvolver a ferramenta business em modo canvas, tem que desenvolver um piti de dois minutos para defender a ideia deles e a parte de prototipação, ou seja, eles vão apresentar um material físico para cada ideia criada para cada uma solução, um total de quatro”, revelou.
Durante dois dias, os estudantes participaram de preparatórias para a competição, com palestras e miniworkshops, como prototipagem rápida e uma conversa com representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ainda participaram de dinâmicas com prototipagens rápidas e aprenderam a usar ferramentas do Google Education.
À montadora Fiat Chrysler Automobiles (FCA), os grupos terão de propor um novo modelo de negócio para comercialização dos veículos novos, atendimento no pós-vendas e experiência do consumidor. Para a siderúrgica Gerdau, os participantes devem apresentar respostas de como melhorar a comunicação com os colaboradores em temas de saúde, segurança e meio ambiente.
Já a Ambev propôs o aumento e a medição do engajamento dos funcionários nos assuntos relacionados à sua saúde. E a empresa de softwares Dassault Systèmes pediu para que os competidores apresentem soluções de como otimizar sistemas de transportes para deficientes físicos levando em consideração peso, custo e mobilidade.
Expectativas
Embora os próximos três dias sejam de muito trabalho, a equipe do Senai Aracruz está bastante animada e cheia de expectativas positivas, como bem mostra Mariah Clara Severino da Silva, 18 anos.
“Estamos todos muito ansiosos e animados, com grandes perspectivas de inovação. Nos preparamos muito para esse desafio. Vindo para cá, conhecemos e aprendemos muita coisa, abre-se um leque de novidades e informações. É uma oportunidade única de desenvolvermos ideias interessantes”, afirmou.
Emanuelly Cao Favarato, 17 anos, não esperava participar do Grand Prix. Ela veio no lugar de uma colega que não poderia comparecer ao evento, mas está super animada com a oportunidade.
“Eu sou um caso à parte. A menina da minha escola que foi selecionada não pode vir. E, aí, os professores me indicaram e somente isso já tinha me deixado muito feliz. Eu brinco que minha expectativa é não passar vergonha”, divertiu-se.
Primeira vez em uma competição nacional, ela destaca o aprendizado adquirido com a interação que está tendo com estudantes de outros estados brasileiros. “Só de ter vindo até aqui nós ganhamos muito, já aprendemos tanta coisa legal, interagimos com outros alunos. No meu grupo tem pessoas da Paraíba, do Piauí, de Goiás. Quando eu ia pensar em conviver com pessoas de tantos lugares, tão diferentes de mim? E a proposta do Grand Prix é essa. É o aprendizado conjunto, a diversão. Ganhar é uma consequência”, afirma.
Fábio Queiroz Pessanha, 17 anos, destaca que participar de uma Olimpíada do Conhecimento e de um desafio como o proposto pelo Grand Prix é uma “ótima oportunidade” para quem se prepara para o mercado de trabalho industrial.
“Para nós que estudamos para entrar no mundo da indústria, lidar com os problemas e desafios enfrentados por quem já está inserido nesse universo é importante para já nos prepararmos para lidar com todas essas situações. Eu fiquei muito feliz quando fui selecionado por conta do conhecimento e aprendizado que iria adquirir aqui”, frisou.
Essa também é a primeira vez de Arthur Gonçalvez Nunes, 19 anos em uma competição nacional. Até então, a experiência que ele tinha era de uma participação em um desafio estadual. Ele destaca os benefícios pessoais e profissionais que uma oportunidade dessa proporciona.
“Eu sempre gostei de participar dessas atividades que o Senai proporciona. Para mim é sempre bom ter a oportunidade de se desenvolver e adquirir uma nova experiência. Uma competição dessas faz a gente crescer tanto pessoalmente quanto profissional, o aprendizado que vamos adquirir aqui, será levado para a vida. Estou muito ansioso porque estamos em grupos com pessoas de diferentes áreas, vamos poder aprender muito com eles e também ensinar. Quero absorver o máximo de conhecimento possível”, destacou.
Além da troca de experiências, os alunos do Senai Aracruz estão tendo a oportunidade de ter uma vivência em tudo que diz respeito à indústria 4.0 e suas demandas.
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- Confira fotos da Olimpíada do Conhecimento 2018
Premiação
O resultado do Grand Prix sai no domingo (08) e a equipe vencedora ganhará uma viagem de três dias para um polo de inovação, que será revelado no dia da premiação. A segunda posição receberá um curso de até R$ 2 mil para cada um dos componentes do grupo. Os que ficarem em terceiro lugar poderão escolher qualquer curso de formação no valor de até R$ 1 mil.
Por Fiorella Gomes
Produtos inovadores desenvolvidos por alunos do Senai-ES são destaque em Brasília
Equipes do Senai-ES participam durante essa semana, em Brasília, da Mostra Inova, dentro da programação das Olimpíadas do Conhecimento 2018. Alunos do Senai Vila Velha e Senai Serra disputam a categoria “Produto Inovador”, onde expõem soluções tecnológicas e inovadoras desenvolvidas por eles.
Essa mostra promove o empreendedorismo inovador na educação profissional e tecnológica e os estudantes capixabas concorrem com outros 23 projetos de todo país a premiação. Participam equipes com até cinco alunos, sendo matriculas ou com até 1 um egresso. Todas as equipes contam com um instrutor-coordenador.
Luiz Felipe Soares Lopes, 20 anos, e Ludmila dos Santos, 19 anos, são alunos do curso técnico em Plástico, do Senai Serra e coordenados pelo instrutor Bruno Bom, apresentam na feira o produto PP Rock, desenvolvido por eles.
Neste trabalho, eles incorporaram o resíduo do corte de mármore e granito com polímero, gerando um produto aplicável em qualquer segmento do plástico. As pesquisas iniciaram após perceberem um problema proveniente dos cortes de produtos como mármore e granito.
“Nós percebemos que ao realizar o corte de produtos como mármore e granito, isso gerava muito pó. Buscamos o problema e descobrimos que ao realizar esse corte, que é feito juntamente com a água, há uma produção da lama abrasiva. Depois que se retira a água, a lama se torna um pó que gera malefícios para a população e o meio ambiente”, explicou Ludmila.
“Nossa solução foi juntar o polímero junto ao resíduo proveniente desse corte de mármore e granito, desenvolvendo esse composto. Nós granulamos o composto que pode ser aplicado em qualquer segmento plástico”, completou Luiz.
Como benefícios para o meio ambiente, os alunos destacam a redução da produção de lama abrasiva em 36 milhões toneladas/ano. Para a indústria, o benefício é a redução de até 30% de custo do produto final que utilizar o PP Rock.
Ilha Ambiental
Seguindo a pegada ambiental e de sustentabilidade na indústria, a equipe do Senai Vila Velha, formada pelas alunas Estefânia Aparecida Silva, 28 anos, e Karina Correa dos Santos, 19 anos, coordenada pela instrutora Janine Gomes da Silva, apresentam a Ilha Ambiental.
Uma ilha flutuante composta por plantas aquáticas capaz de filtrar a poluição hídrica atuando na recuperação de cursos d’água. Egressa do curso técnico em Edificações do Senai Vila Velha, Estefânia explica que a ideia surgiu ainda no trabalho de conclusão de curso.
“A ideia inicial era para recuperar o valão do Tartarugão, em Vila Velha. Mas, após a conclusão, o projeto cresceu e passou por repivotagem, e alteramos de acordo com o tamanho e necessidade do mercado em todo Brasil”, revelou.
A crise hídrica também foi fator determinante para o projeto final. “Ela tá batendo à nossa porta, o país todo está sofrendo com isso. E o tratamento para despoluição da água possui um custo muito alto, então buscamos soluções que pudessem contornar esse quadro de forma econômica”, pontuou.
A Ilha Ambiental, ressalta, é aplicável não apenas na recuperação de valões, mas também de rios e lagoas, pode ser utilizado em hotéis, resort e também nas indústrias para tornar os processos mais sustentáveis. Essa ilha pode receber os dejetos industriais e realizar a despoluição.
Gostou dos projetos desenvolvidos por nossos alunos? Eles estão concorrendo ao título de melhor projeto categoria Voto Popular da Mostra Inova Senai e você pode participar dando o seu voto. Basta escolher a “Incorporação do Resíduo de Corte de Mármore e Granito no Desenvolvimento de Compósito Termoplástico” (Senai Serra) e “Ilha Ambiental” (Senai Vila Velha) no link: http://bit.ly/VoteSenaiNoInova
Olimpíada do Conhecimento
A Olimpíada do Conhecimento começa oficialmente nesta quinta-feira (05) e segue até o domingo (08), com visitação aberta ao público no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, sempre das 9h às 18h.
Mas, durante toda a semana, os estudantes do Senai e Sesi de todo país participam das atividades do Grand Prix de Inovação, Mostra Inova, Desafio de Robótica e Mostra de Ciências e Engenharia, expondo as soluções tecnológicas desenvolvidas por eles para os participantes do Encontro Nacional das Indústrias (Enai), que acontece no mesmo local.
Numa área de 25 mil metros quadrados, dois grandes ambientes foram construídos: a Cidade Inteligente e a Escola do Futuro. A cidade demonstra tecnologias que promovem o uso eficiente de recursos naturais, a redução dos impactos ao meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida urbana.
Já a escola tem como objetivo mostrar como as duas instituições desenvolvem em seus alunos competências e habilidades para lidar com os desafios da Indústria 4.0.
Por Fiorella Gomes