Senai Cachoeiro apoia inventora e desenvolve protótipo inovador para o mercado de festas
Empresas já estão interessadas em produzir o dispositivo em escala
Algumas invenções facilitam tanto a nossa vida e estão incorporadas ao nosso cotidiano de tal maneira que nem paramos para pensar como foram criadas. São ideias simples e geniais ao mesmo tempo. É o caso do zíper, do post-it, do clipe de papel, da escova de dentes… os exemplos são vários. As inovações, normalmente, nascem da observação que os mais criativos fazem a respeito das nossas necessidades diárias.
Também foi assim com a inventora Thaissa Lopes Rosa, que há onze anos, quando ainda cursava Medicina Veterinária. Ela trabalhava em algumas festas e observou a necessidade de facilitar o fechamento das bexigas, amarradas uma a uma, manualmente. Com a graduação, a ideia ficou adormecida até que, em uma confraternização no início deste ano a médica veterinária percebeu que “o mundo ainda fechava boca de bolas de maneira arcaica”, declara.
Apoio no Senai Cachoeiro
A partir daí a inventora iniciou uma jornada de pesquisa para saber se já havia algo no mercado que facilitasse esse trabalho, mas não encontrou nada parecido. A partir daí ela formulou a ideia de como o dispositivo funcionaria. Ao procurar empresas que se interessassem em produzir o equipamento, Thaissa esbarrou na exigência da apresentação de um protótipo de sua ideia.
“Algumas empresas demonstraram interesse, e me pediram que eu criasse o protótipo, fiquei pensando como fazer, porque para isso eu precisaria de um capital, o qual eu não tinha”, explica. Após procurar 11 empresas em busca de parceria para a prototipagem, que sequer se propuseram a ouvir a ideia da inventora, Thaíssa chegou ao Senai Cachoeiro.
“O Thiago (Laiber, instrutor do Senai) desenhou e imprimiu o primeiro protótipo, ficou bem legal, e quando eu vi, não era apenas um protótipo, mas um sonho que se realizava, e eu agradeço ao Senai Cachoeiro e sua equipe por terem me acolhido, me ouvido e acreditado na minha ideia. Agora está pronto, uma invenção que irá ganhar o mundo”, comemora Thaissa.
Trabalho colaborativo
O instrutor explica que Thaissa chegou à unidade com a ideia em mãos e pediu ajuda para a execução. “Ela tinha um desenho básico e a ideia no papel. Nós aqui do Senai desenvolvemos o desenho em 3D e posteriormente o protótipo foi impresso na impressora 3D. Chegando assim ao produto final, que já têm empresas interessadas”, conta.
A diretora da unidade, Tânia Mara de Oliveira Barros, explica que toda o processo foi feito com a troca de informações e ideias com o Instituto Senai de Tecnologia (IST) localizado na Beira Mar, em Vitória.
Thaissa explica que é necessário ter persistência para colocar as ideias em prática. “Gostaria de dizer para as pessoas que, assim como eu, têm novas ideias, não desistam, não é fácil, tem sempre alguém que diz que não vai dar certo ou que é apenas um sonho bobo, isso não é verdade, acredite em si mesmo. É preciso sair da zona de conforto e arriscar, tenho certeza que, como eu, existem vários milhares de jovens cheios de ideias, então acreditem, procurem e não desistam, e caso tenham dúvidas de por onde começar, procurem o Senai, eles irão te orientar.
Por Elaine Maximiniano