A qualificação profissional tem sido um diferencial para inserção no mercado de trabalho, e os ex-alunos do Senai Espírito Santo são prova disso. De acordo com a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos 2022-2024 do Senai, 88,5% dos estudantes que concluíram cursos técnicos na instituição estão empregados, refletindo a alta demanda da indústria por profissionais qualificados. Ou seja, praticamente, nove em cada dez estão empregados.
Para Samuel Santos, 19 anos, o Senai lhe deu uma grande oportunidade de vida. “Fiz dois anos de curso técnico de mecânica automotiva e o Senai abriu portas para mim. Eu, graças a Deus, não precisei colocar nenhum currículo. Dois professores meus me indicaram para duas vagas diferentes e eu tive privilégio de escolher qual eu queria seguir”, disse.
A pesquisa, realizada nacionalmente pelo Senai, monitorou a trajetória de mais de 211 mil ex-estudantes entre 2023 e 2024. No Espírito Santo, os cursos de qualificação profissional também apresentam resultados expressivos, com taxa de empregabilidade de 83% – superior à média nacional, que é de 71,7%.
Metalmecânica, energias renováveis, tecnologia e construção civil são alguns dos setores que mais contratam profissionais formados pelo Senai ES. “O crescimento da indústria e a necessidade constante de mão de obra qualificada reforçam o papel do Senai na capacitação de profissionais que atendem às demandas do setor produtivo. O Mapa do Trabalho aponta que até 2027, a indústria do Estado vai precisar de 279 mil trabalhadores”, afirma Tatiane Franco, gerente executiva de Educação.
A pesquisa também indica um impacto significativo na renda dos ex-alunos. Em média, um profissional formado pelo Senai tem rendimento equivalente a quase dois salários-mínimos, passando de R$ 1.320 para aproximadamente R$ 2.508. No caso daqueles que trabalham na área de formação, a diferença é ainda maior: um incremento de 27,6% no salário.
Outro dado relevante é a preferência das empresas pelos profissionais formados no Senai. Das 1.656 empresas entrevistadas na pesquisa, 90% afirmaram dar prioridade a esses egressos em seus processos de contratação. “Esse reconhecimento por parte da indústria mostra que estamos no caminho certo, preparando profissionais alinhados às reais necessidades do mercado”, destaca Geferson dos Santos, diretor regional do Senai ES.
É o caso da Mariana Coradini, de 19 anos, formada como técnica em automação industrial pelo Senai Vitória. “Após um ano e seis meses de curso eu tive a oportunidade de ser efetivada pela empresa em que eu era jovem aprendiz. Com um período de quatro meses, após o certificado em mãos, eu consegui a oportunidade de trabalhar como trainee na área offshore (em mar) como técnica de instrumentação. O Senai me proporcionou diversos aprendizados, não só o conhecimento, mas também ter a convivência com profissionais que me aconselharam”, contou.
A Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do Senai é uma ferramenta estratégica que avalia a inserção dos profissionais no mercado de trabalho e o impacto da formação na evolução da carreira. Com três etapas de monitoramento, a iniciativa acompanha os alunos desde a conclusão do curso até sua atuação profissional, garantindo que as competências desenvolvidas estejam alinhadas às exigências do setor produtivo.
Por Natália Magalhães