Em fase de construção, o trabalho conjunto das entidades promete trazer soluções e tecnologias sustentáveis para serem aplicadas na produção da indústria e agricultura da região

 

O Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Indústrial do Espírito Santo (Senai-ES) estão organizando um grupo de trabalho para discutir ações e projetos que reduzam o impacto ambiental gerado pela agricultura e pela indústria naquela região.

 

Durante reunião no Núcleo Regional realizada nessa terça-feira (14), um grupo de alunos do segundo ano do curso de Agroindústria do Ifes apresentou aos conselheiros, projetos de reúso de água na agroindústria. Em fase final, o projeto-piloto já esta sendo testado em uma propriedade produtora de hortifruti no município de Venda Nova do Imigrante. “Com os equipamentos que desenvolvemos, já estamos conseguindo economizar 50% da água e o restante, que vem contaminado com agrotóxicos, é devolvido para a terra, e não jogado no rio, como antes”, destacou o estudante Vitor Pizzol Andrade.

 

De acordo com o vice-presidente institucional da Findes em Venda Nova do Imigrante e região, Sérgio Brambilla, a motivação para construir um trabalho junto com essas entidades surgiu com a grande estiagem e a escassez de água com que o Espírito Santo tem convivido nos últimos anos, colocando em risco a produtividade das indústrias e demais empresas da região.

 

“Os jovens vão alavancar os segmentos e a produção na sociedade. Eles precisam estar preparados e instruídos por meio de novas tecnologias – como aplicativos, por exemplo, – para trabalhar pensando em sustentabilidade e preservação ambiental, o que inclui o reúso de água. Nos últimos anos, sofremos muito com a crise hídrica, que prejudicou a produção na indústria e em diversos outros setores, como a agricultura, o comércio e até mesmo para o consumo humano”, explicou Brambilla.

 

“Esse projeto será a marca de trabalho da nossa gestão à frente da Findes na região. Somos ricos em matas, nascentes e variadas espécies de fauna e flora. Precisamos liderar projetos que preservem e conscientizem a população sobre a importância de se trabalhar com geração de renda, mas de modo sustentável”, defendeu.

 

A próxima etapa do projeto contará com a apresentação de alunos do curso Técnico de Meio Ambiente do Senai de Anchieta que, de acordo com o gerente da unidade, Rodrigo Zorzal, vai agregar ainda mais valor à iniciativa, principalmente com mecanismos de sustentabilidade desenvolvidos para a indústria. “A ideia é reunir esses projetos pensados e elaborados por alunos num único documento e estender ao setor produtivo a prática efetiva da sustentabilidade”, adianta.

 

Por Milan Salviato