A quarta revolução industrial se apresenta como o próximo paradigma da indústria para atender as necessidades do mercado. As principais características desse conceito estão relacionadas aos sistemas de sensoriamento, monitoramento, computação em nuvem e trocas de dados em tempo real.

A capacidade de tomada de decisão a partir de cenários variados, fundamentada em dados obtidos pelos sistemas inteligentes, promove vantagem competitiva por ser capaz de atuar de maneira descentralizada e atendimento individual de necessidades de clientes, motivada pelo potencial flexível que essas fábricas possuem.

Pesquisas mostram que a indústria brasileira se encontra em estágio embrionário quando se fala em Indústria 4.0. 43% das empresas desconhecem tecnologias capazes de aumentar sua competividade no setor industrial. Diante dessa situação e reconhecendo a importância da temática, a Agenda Brasil para a Indústria 4.0 promove um conjunto de iniciativas visando incentivar o desenvolvimento das tecnologias 4.0 na indústria brasileira.

A indústria 4.0 pode ser dividida em níveis como mostra a Figura 1. O primeiro nível é responsável pela interface das conexões inteligentes e nele deve ser feita a aquisição de dados de produção através de sensores e sistemas de produção. Esses dados devem ser trabalhados no segundo nível a fim de gerar informações capazes de tomada de decisão e avaliação de performance. No nível 3, os dados e informações são concentrados em um sistema centralizado que aumenta o suporte para tomada de decisões. O nível 4 permite simulações em tempo real das tomadas de decisão através da digitalização da rede industrial, e por fim, no quinto nível há o retorno dos dados de ambiente virtual para o físico, atuando com sistema de controle e supervisório.

Figura 1: Arquitetura de Níveis da Industria 4.0

 

É fundamental que sejam implantados índices alinhados às estratégias da empresa que sejam capazes de representar a eficiência e produtividade dos recursos fabris. Uma metodologia fácil e rápida de ser implantada, e que representa os principais índices produtos de maneira satisfatória, é o indicador Eficiência Global do Equipamento (OEE – Overall Equipment Effectiveness).

O indicador OEE mensura a eficiência de equipamentos baseado em três conceitos inter-relacionados, sendo eles: Performance de Equipamentos, Disponibilidade de Máquina e Qualidade.

OEE (%) = Disponibilidade X Performance X Qualidade

Para cada uma dessas taxas há diversas perdas que podem ser associadas. Na DISPONIBILIDADE são contabilizadas as paradas por quebras, falhas, setups, regulagens e ociosidade de produção. Já para a PERFORMANCE, estão a perda de velocidade nominal e pequenas paradas de máquina, consequência da ausência de fluxo continuo. Refugos e retrabalhos são contabilizados para obtenção da taxa de QUALIDADE.

Figura 2: Indicadores para cálculo do OEE

O OEE pode ser calculado de maneira automatizada através de ferramentas e tecnologias de baixo custo da Industria 4.0. O Instituto Senai de

Tecnologia em Eficiência Operacional (IST/ES) está

promovendo a consultoria Manufatura Avançada, capaz de contribuir para que as indústrias implementem sistemas que possibilitem a melhoria contínua da sua produtividade através da tomada de decisão baseada nos indicadores gerados. Os dados são transmitidos em uma plataforma on-line que permite o acompanhamento da produção em tempo real pelos gestores.

Nos projetos pilotos realizados entre 2018 e 2019, as empresas obtiveram como principais resultados um maior conhecimento da realidade de sua produção, com redução do tempo de paradas, aumento de produtividade e performance de máquina, capacitação de funcionários, além da implantação e consolidação do sistema de melhoria contínua.

Ficou interessado e precisa de uma solução adaptada para sua empresa? Entre em contato com o Instituto de Tecnologia do Senai Espírito Santo (IST/ES), através dos telefones (27) 3334-5218 ou 98817-7834, e-mail [email protected] e fale com um de nossos consultores.

 

Gabriel da Silva Lecchi